“O desejo do analista “.
Desejo esse instaurado pela iância, pelo vazio, pela falta constituinte do sujeito. Falta que, sem a qual não existe psicanalista, é um saber sobre o não saber, é a negação do saber.
É como Sócrates, que nega ser o possuidor do ‘Agalma’. Nega sabendo que não sabe sobre o saber.
Sócrates instaura a ignorância, o não-saber como vazio no centro do saber, aí onde Alcebíades ama o suposto saber de Sócrates sobre o Agalma, Sócrates responde com o seu vazio, com um “eu não tenho o objeto que você supõe”.
Tendemos a achar que o Outro tem as respostas de nossa vida, que o Outro é completo, o Outro sabe e por isso pode nos dar, mas não se pode dar aquilo que não se tem. Cabe a nós, sujeitos, e como sujeitos fazemos a ação em um objeto, agimos em torno dessa falta que nos deixa inquietos, falta que motiva a nos impulsionar, a força motriz da pulsão.
Procure seu psicanalista, seu psicanalista online, e use essa falta como força motriz para resolver suas inquietações. A falta angustia mas ela tem o poder de mover, de nos impulsionar, saiba usar a sua.
Em suma o desejo do analista é de que tenha análise, que ele não coloque suas questões nas do seu paciente, que ele seja um furo, uma hiância para que o desejo do paciente se mostre nele.