Análise do filme “Tipos de Gentileza”

Uma análise da busca pela aceitação.

Aqui faço uma simplória análise do Filme “Tipos de gentileza”, dirigido por Yorgos Lanthimos. Que atrelando à atualidade diria que ele bordeja os assuntos da aceitação, que aliás está intimamente ligado ao conceito de alienação, e da busca pelo falo – busca interminável que sempre resultará em uma grande perda para o sujeito enquanto desejante.

No filme – diga-se de passagem muito moroso, fragmentado e prolixo – encontramos três histórias em que o ponto central das tramas é, sem sombra de dúvidas, é a busca pela aceitação de um próximo. Contudo, não sejamos levianos. Não é um próximo qualquer, ele é um próximo que exerce uma enorme posição de controle (sadismo) a esse personagem que aceita esse controle (masoquismo), diria sendo mais preciso, uma enorme influência. Ou seja, uma busca por um influenciador, para um influenciado, desse que precisa preencher esse vazio, com algo, alguém ou uma ideologia – encontramos essa ordem no filme.
Mas que busca é essa? Em última instância, essa busca é pelo falo, que não só é velado como mascarado. Escondido e disfarçado. Uma busca para tapar um buraco por outro, ele é o objeto do desejo, mas não é qualquer objeto, ele é “ O OBJETO” e essa busca incessante, incansável, não levaria a outra coisa senão a destruição. E não seria a busca pelo cálice dourado, pelo Agalma, por esse algo intangível algo destrutivo? E é destrutivo justamente por ser um ideal, algo a ser alcançado, uma meta, uma régua de comparação. Mas lembremos que a palavra ideal, derivada do latim ideālis, ideal, criado no entendimento ou na imaginação, relativo à ideia que só existe no pensamento, modelo de perfeição que só existe na imaginação.  

Ou seja, uma fantasia! Ora, iniciamos um movimento incessante de tapar um buraco com algo que não existe! É claro que isso não vai ser algo bem sucedido. Mas voltando ao filme e à contemporaneidade, que é o que interessa. No filme de Yorgos enxergamos que os protagonistas sempre estão em uma mesma narrativa, a de se assujeitar – negar a sua condição de sujeito desejante – e viver sob a batuta de um Outro que lhes dizem o que tem de ser feito. Não quero dar spoiler, mas está na cara que todos os protagonistas ao conseguirem “O” seu objeto do desejo acabam se dando mal. Detalhe que não é apenas no final, mas em TODA a trajetória, já que estão assujeitados, negando a viver da sua maneira, assumindo sempre ao desejo do Outro. Se tornando um objeto para o Outro. Para os psicanalistas: a<>$

Moral da história; no fundo não queremos ser livres; não queremos assumir a responsabilidade por nossas decisões; estamos preso ao desejo do Outro.
Faça o movimento de se desalienação, seja livre. Faça análise.
Busque um psicanalista online ou presencial. Faça terapia!

A Via do Desejo.

A via do Desejo.  Entramos em análise em um caos, uma confusão de emoções e sentimentos. Liderados pelo gozo, esse imperativo do prazer, essa busca desenfreada

A solidão

Peguemos como exemplo o quadro “Nighthawks” em que tarde da noite quatro figuras solitárias ocupam um restaurante em uma esquina deserta. A luz da lanchonete

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