O ovo e o Ego. 

O ovo e o Ego. 

O ego é um engodo, um produto do registro do imaginário, um produto inquestionável da alienação, aliás Lacan compara a alienação ao alelo letal da genética. Mas como assim? Ao nascermos não temos escolha a não ser nos alienarmos aos nossos pais, não temos escolha, ou nos alienamos a eles, ou morremos. Precisamos desse cuidado primeiro, precisamos fazer parte desse primeiro nicho. Ou há alienação ou a morte. 

Dito isso, trago a metáfora de Gurdjieff sobre o ovo e o ego. Ele comparou o ego com um ovo, algo necessário para o desenvolvimento da ave em desenvolvimento. Assim o ovo é necessário para seu desenvolvimento, sem ele ela não se desenvolveria.

Contudo, chega um momento em que essa ave se sente muito apertada naquele ovo, e começa um movimento DE DENTRO PARA FORA, para quebrar a casca desse ovo. “Quebrar” esse ego, romper com as alienações, mas para fazer isso, ANTES, essa ave precisou se apoiar nesse ego bem construído, nesse ego forte. Note que não é o outro que quebra esse ego é a própria pessoa, a única capaz de fazer a mudança em si mesma.

O importante é notar que o ego é um instrumento para um fim, para o nosso próprio crescimento emocional. Precisamos dele até um certo momento, mas depois podemos ser livre dessa armadura que um dia serviu para a proteção mas hoje serve como limitação.

Ou seja, em lacanês, podemos nos desalienar, podemos nos separar desse grande Outro que, sem essa intenção, nos obriga a esse processo.
E só assim podemos ser pensadores livres, como diria Nietzsche, pensadores críticos que pensam por si só, não dependem de um dizer do outro para afirmar dentro de si aquele saber. Não se importam com opiniões alheias, são firmes e fortes em relação à sua perspectiva, mas sem deixar de circular entre os conhecimentos.

Portanto, procure seu psicanalista, seja um psicanalista online ou presencia, seja livre, se liberte do ego.

A Via do Desejo.

A via do Desejo.  Entramos em análise em um caos, uma confusão de emoções e sentimentos. Liderados pelo gozo, esse imperativo do prazer, essa busca desenfreada

A solidão

Peguemos como exemplo o quadro “Nighthawks” em que tarde da noite quatro figuras solitárias ocupam um restaurante em uma esquina deserta. A luz da lanchonete

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